quinta-feira, agosto 31, 2006


"A evolução é escada infinita,

Cada qual abrange a paisagem

de acordo com o


degrau em que se coloca."

Emmanuel, do livro "Fonte Viva",
psicografado por Francisco C. Xavier

domingo, agosto 27, 2006

Nada Sei!!!


Nada sei dessa vida.
Vivo sem saber.

Nunca soube,
nada saberei.
Sigo sem saber.

Que lugar me pertence
Que eu possa abandonar
Que lugar me contém
Que possa me parar

Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando enquanto o tempo me deixar.

Nada sei desse mar.
Nado sem saber.
De seus peixes,
suas perdas
De seu não respirar.

Nesse mar
Os segundos insistem em naufragar
Esse mar me seduz
Mas é só pra me afogar.

Sou errada, sou errante
Sempre na estrada
Sempre distante
Vou errando enquanto
o tempo me deixar passar
Vou errando enquanto
o tempo me deixar .

Kid Abelha (Paula Toller)

sexta-feira, agosto 25, 2006

quinta-feira, agosto 24, 2006

"As duas flores"


São duas flores unidas,
São duas rosas nascidas


Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
Das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...

Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bom como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...

Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.

Juntar as rodas da vida,
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!

(Castro Alves)

sexta-feira, agosto 11, 2006

Fernando Pessoa!!!


Às vezes,
num momento de sufoco,
nos sentimos mergulhados
na escuridão
dos sentimentos negativos.

Os problemas
nos parecem mais graves
e as soluções mais difíceis.
Mas, na verdade,
nada está escuro ao nosso redor.

A ansiedade é que nos tira
a capacidade de perceber a luz.
E no momento em que
acalmamos o nosso coração,
começamos a encontrar
as soluções para todos os problemas.

Deus costuma usar a solidão
para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes, usa a raiva,
para que possamos compreender
o infinito valor da paz.

Outras vezes usa o tédio,
quando quer nos mostrar
a importância da
aventura e do abandono.

Deus costuma usar o silêncio
para nos ensinar sobre a
responsabilidade do que dizemos.

Às vezes usa o cansaço,
para que possamos compreender
o valor do despertar.
Outras vezes usa doença,
quando quer nos mostrar
a importância da saúde.

Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar sobre água.
Às vezes, usa a terra,
para que possamos compreender
o valor do ar.

Outras vezes usa a morte,
quando quer nos mostrar
a importância da vida".

quarta-feira, agosto 09, 2006

Sob o Luar!!!


Na janela, a imagem da Lua
Pronta a moldurar meus sonhos
Sempre ali, fazendo-se presente
Leva para tão longe meu coração.

Envolta em seu véu brilhante

Hora grande e bela, hora simples traço
Desperta minha imaginação
Permite-me mais espaço...


Hoje está meio que de lado lua amiga

Não porque perdestes a beleza Pois
ela é imutável, mas um outro amigo
É o que meu coração anseia


Ele vem quando você se for

Seu nome é Sol, grande e poderoso
Tem estilo, tem beleza...
Mas não é isso que me atrai

Em sua face ardente e brilhante
Diferente de você, ele não traz o sonho
É um outro encanto Lua querida
Trará o dia, o sorriso, o brilho da vida!

Por: Star - 2002
http://www.conselhonet.com.br/Musicas/legiao.htm

sábado, agosto 05, 2006

Metade de mim.

Que a força do medo que eu tenho,
não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca.

Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe,
seja linda, ainda que triste...
Que a mulher que eu amo seja
para sempre amada mesmo que distante.

Porque metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.

Que o medo da solidão se afaste,
que o convívio comigo mesmo
se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto,
um doce sorriso,
que me lembro ter dado na infância.

Porque metade de mim
é a lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei.

Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidadepara fazê-la florescer.

Porque metade de mim é platéia e
a outra metade é canção.

E QUE a MINHA LOUCURA
SEJA PERDOADA.

Porque METADE DE MIM é AMOR,
e A OUTRA METADE...TAMBÉM.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Autopiscografia.


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.



E assim nas calhas da roda,
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.

Fernando Pessoa - 1/4/1931

quinta-feira, agosto 03, 2006

quarta-feira, agosto 02, 2006

Canteiros - Fagner


Quando penso em você
fecho os olhos de saudade.

Tenho tido muita coisa,
menos a felicidade.

Correm os meus dedos longos
em versos tristes que invento.

Nem aquilo a que me entrego
já me traz contentamento.

Pode ser até manhã,
cedo claro feito dia
mas nada do que me dizem
me faz sentir alegria.

Eu só queria ter no mato
um gosto de framboesa.

Para correr entre os canteiros
e esconder minha tristeza.

Que eu ainda sou bem moço
para tanta tristeza.
E deixemos de coisa,
cuidemos da vida,

Pois se não chega a morte
ou coisa parecida
E nos arrasta moço,
sem ter visto a vida.

Cecília Meireles

Para ouvir: http://vounessa.terra.com.br/musica/musica.asp?idmusica=8900&palavra=fagner#


Prá querida Beth,um chamego!!!
Dedico este texto a minha mais recente amiga Eti,com todo carinho e admiração!!!