Ó papoulinhas pequenas flamas do inferno,
Então não fazem mal?
Vocês vibram.
É impossível tocá-las.
Eu ponho as mãos entre as flamas.
Nada me queima.
E me fatiga ficar a olhá-las
Assim vibrantes, enrugadas e rubras,
como a pele de uma boca.
Uma boca sangrando.
Pequenas franjas sangrentas!
Há vapores que não posso tocar.
Onde estão os narcóticos,
as repugnantes cápsulas?
Se eu pudesse sangrar, ou dormir !
Se minha boca pudesse unir-se a tal ferida !
Ou que seus licores filtrem-se em mim,
nessa cápsula de vidro,
Entorpecendo e apaziguando.
Mas sem cor.
Sem cor alguma.
SYLVIA PLATH
Então não fazem mal?
Vocês vibram.
É impossível tocá-las.
Eu ponho as mãos entre as flamas.
Nada me queima.
E me fatiga ficar a olhá-las
Assim vibrantes, enrugadas e rubras,
como a pele de uma boca.
Uma boca sangrando.
Pequenas franjas sangrentas!
Há vapores que não posso tocar.
Onde estão os narcóticos,
as repugnantes cápsulas?
Se eu pudesse sangrar, ou dormir !
Se minha boca pudesse unir-se a tal ferida !
Ou que seus licores filtrem-se em mim,
nessa cápsula de vidro,
Entorpecendo e apaziguando.
Mas sem cor.
Sem cor alguma.
SYLVIA PLATH
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OBS.: A papoula é conhecida há mais de 5 mil anos - os sumérios já a utilizavam para combater problemas. Os antigos comiam a flor inteira ou a maceravam para obter o sumo. Na Mesopotâmia, curavam-se doenças como insônia e constipação intestinal com infusões obtidas a partir da papoula.
Por: Rose Aielo Blanco*
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Olá,legal vc ter aparecido,comente sempre,bjs iluminados!!!